segunda-feira, 11 de julho de 2011
Cerimônia de 60 Anos da CAPES e Prêmio Anísio Teixeira
terça-feira, 5 de julho de 2011
Universidade e movimentos sociais
Texto do Prof Marcos Francisco Martins, sobre a relação entre universidade e movimentos sociais. Publicado no Jornal Bom Dia Sorocaba, semana passada (1/7).
Em que pese diferentes opiniões que há na academia sobre a relação entre universidade e realidade, as instituições de ensino superior guardam longa tradição histórica comprometida com o respeito à diversidade de idéias e opiniões. E devem assim se manter, fazendo de seu espaço um ambiente plural, suscetível ás divergências, mas comprometido com o desenvolvimento econômico, social, político a cultural.
Toda universidade caracteriza-se por ser um uma instituição cuja atribuição fundamental é a de desenvolver três tipos de iniciativas: ensino, pesquisa e extensão.
O ensino caracteriza-se pela socialização, por diferentes meios, dos “saberes” e dos “fazeres” produzidos historicamente.
Nos dias atuais, o ensino de graduação almeja formar quadros para o mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que também deve patrocinar a elevação no nível cultural da comunidade acadêmica. Além, claro, de sua respectiva atuação sociopolítica, com vista à formação integral dos homens e mulheres.
Se cabem críticas, é porque algumas universidades deixaram de lado a formação humana e dedicaram-se exclusivamente à formação para o mercado que é inumano imediatista e utilitarista.
A pesquisa é por sua vez, a atividade cuja função é de produzir novos conhecimentos. É isso o que se faz por exemplo, nos programas de Mestrado e Doutorado.
A extensão compõe-se de um conjunto de atividades com o objetivo de levar os “saberes” e “fazeres” que circulam no interior das universidades para a comunidade.
O atendimento as demandas sociais, como os cursos gratuitos de educação de jovens e adultos, é exemplo típico de atividades de extensão, entre outros.
Dessa forma, a universidade ganha um papel relevante no que concerne ao desenvolvimento da sociedade, pois ao desempenhar adequadamente suas precípuas funções (ensino, pesquisa e extensão), pode se tornar indutora do desenvolvimento econômico, sociopolítico e cultural.
Legitima-se, assim, o encontro das universidades com as empresas e instituições que atuam no mercado, mas também a articulação delas, sobretudo as públicas, com os movimentos sociais e sindicais.
Eles são sujeitos dos processos de construção dos direitos e da conquista dos direitos e da conquista das condições básicas de vida digna. Orientam a realidade a um determinado rumo histórico, que deve ser o fim das explorações econômicas e exclusões sociais, políticas e culturais que caracterizam o desenvolvimento da sociedade capitalista.
Eis porque é mais oportuno o 1° Encontro UFSCar - Movimentos Sindicais e Sociais da região de Sorocaba, que se realizará nos dias 1 e 2 de julho e está sendo articulado em conjunto com 40 organizações e movimentos sociais da região.